Daisi Oliveira de Souza
Gente triste
Meus olhos calejados
Com a pobreza conviver
Não filtram o bom,
Ou como poderia ser.
Acostumado nesta labuta,
Vivo numa eterna disputa,
Com meus companheiros de sina
O lixo dos outros recolher.
Cada casa visitada me ensina,
O que tenho ...dá prá viver;
Vejo o desperdício no lixo,
Amontoados de desejos invisíveis
Para seus egos satisfazer.
Vi a moça chorando,sem ter o que fazer.
O velho lá sozinho...tadinho....
A senhora e seu cãozinho.
O casal no seu carrão não troca um olhar!
Meu São Sebastião!! Nem precisa me ajudar.
Meus filhos e minha mulher,
Puxando meu carrinho, rindo de se engasgar.
Veja só que vida triste, desta gente,
Tem tudo o que o dinheiro pode comprar,
E não são felizes como a gente.
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