Nesta vida aos solavancos,
Num circo de saltimbancos,
Corro o mundo à procura!
-Não como macho, a fêmea -
Mas da minha alma gémea,
Para sair desta amargura!
Viver sem ti não é vida!
É um beco sem saída,
Ou porta aberta à dor!
Barco no mar à deriva,
Em ondas de maré viva,
Amar sem ti, não é amor!
Eu não quero o teu corpo,
Frio, tépido, ou torpor,
Ou com o sangue a ferver!
Quero mais! Quero-te a alma,
Ou o meu ser se espalma,
No teu ser a renascer!
Quero ver nascer o Sol,
Ouvir cantar o rouxinol,
Na tua voz, no teu olhar!
Quero que ao nascer do dia,
Não diga com nostalgia:
-Estou de novo a sonhar!
Mas mesmo que seja sonho,
Será um dia risonho,
Numa noite de ventura!
Enquanto estou sonhando,
Deixo de estar pensando,
Que estou louco sem cura!
A. Bastos (Júnior)
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