André Alves
- Você se cortou?
- Não foi nada.
Márcio queria curá-lo. Mesmo que não fosse algo preocupante, disse a Fernando que saliva era um bom cicatrizante. Era o dedo do meio que pingava. Num impulso Márcio leva-o aos lábios que hesitam em abrirem-se, logo a boca do garoto toma-o para si. Olhou para o rosto do peão. Sentiram vontades. Márcio não tirava os olhos de Fernando. O dedo era tão grosso que tomava todos os espaços. Seu paladar ainda não distinguia o que era terra de sangue. Até que começa a chupá-lo. Limpava-o. Pôde sentir o sangue correr na língua sem sujeiras. Uma essência doce penetra-o. Márcio notou que algo se exaltava. Olhou para o jeans grosseiro e viu um grande volume nas calças de Fernando. As suas também se esticaram. O campeiro gostava daquilo. Até que num delicado movimento tirou o dedo da boca do garoto. Deu-o tempo para uma última provada. O sangue estancou-se. Fernando agradeceu-o.
André Alves
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