PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Lembrança do nosso primeiro beijo



Carmen Alice Ribeiro




Súbito, uma lembrança dum beijo...
Nosso primeiro beijo dado!
Dado sem jeito, 
dado no desconhecimento
do que provocaria a nossos sentimentos...
Puro desejo!
Insano desejo... 
Emoção!
Súbito gosto nos lábios,
gosto forte e dulcissimo nos lábios,
do beijo dado no passado,
lembrança grata d'alma e do coração!
Súbito abrasar da face,
lágrimas a escorrer olhos abaixo...
O tempo do caminhar das lágrimas no abismo e no espaço
é um tempo de lembranças, de momentos mágicos!
Teus lábios naquele momento
quando tocaram pela primeira vez meus lábios,
sussurraram-me em segredo, decretaram sem medo
o fim, o fim de minha solidão!
Trouxestes nos lábios, entre dentes, com emoção
as chaves, as chaves de minha libertação!
E á emoção do momento 
então provocada pelo nosso primeiro beijo dado,
uma esperança foi adicionada...
Teu beijo fez nascer em mim asas,
o calor em teu beijo elevou-me a outras plagas...
Após teu beijo,
estou entregue!
E as asas,
e o calor que emanas,
fazem com que eu voe pelas trilhas da vida afora,
para finalmente no cair das horas,
como agora,
me aninhar em ti!
Como agora!
E lembrar a nossa história,
como agora!
Sentindo-me tão feliz!
Como agora... 
Tão feliz...

Edvaldo Rosa

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