Orlando Costa Filho
Eu sou um navegante
na barca da paixão
nos olhos seus afora
Já vi não tão distantes
as rochas da ilusão
e não vejo outra rota
Se vem calmaria
adormeço
Se vem tempestade
enlouqueço
O leme não move
a barca não foge
de um naufrágio em você.
Eu sou um navegante
sem sinalização
tocado pelo afã
Com um amor tão grande
é mais que obsessão
é uma loucura sã
Se vem calmaria
sou menino
Se vem tempestade
alucino
Singrando, singrando
não ligo pra quando
me afogar em você
ocf - Rio de Janeiro, 1985
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