PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sono



Aníbal Bastos





Quando o dia chega ao fim,
Sinto que nasce em mim,
Uma estranha alegria,
Porque de noite adormeço
E enquanto durmo esqueço,
Os tormentos do meu dia!

E durante o meu sono,
O meu corpo abandono,
E a minha mente se solta;
Percorrendo outros mundos,
Onde não vivem imundos,
Nem há gritos de revolta!

E nesses mundos diferentes,
Eu encontro outras gentes,
Sem tristeza e sem dor.
Não há ódios nem traições,
Nem tão pouco frustrações,
Vive-se em paz e amor!

Respira-se felicidade,
Só se fala com verdade,
Toda a gente se respeita.
Dá-se a vida mais valor,
À amizade mais calor,
Quase uma vida perfeita!

Porém quando amanhece,
O sono desaparece,
Volto ao corpo novamente;
Peço à noite - irmã fraterna -
Que se transforme em eterna,
Para eu dormir eternamente!

In, SONO, “Versos Imperfeitos”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui