PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

INVERNO



Aníbal Bastos





O vento sopra forte e gelado,
Agitando as árvores nos matagais,
Uivando como ferozes animais,
Nos montes em redor do povoado!

O céu chuvoso, triste e nublado,
Onde estrelas deixam de dar sinais,
Quer transformar as noites em iguais,
Às noites dos invernos do passado!

Neste Inverno austero e sombrio
Não brilha o Sol, nem há claridade,
Mas abunda a fome; sente-se frio!

Oh tempo invernoso; vento agreste
Que trouxeste contigo a tempestade,
-Vai embora, mas leva o que trouxeste!

A. Bastos (Júnior)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui