PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Trecho.....de Silêncio e Melancolia









Dor, melancolia, estranhamento, repugnância são, concretamente, elementos que contrastam com o tranqüilo, o simples, o trivial de uma vida aparentemente normal e comum. Nada melhor do que o choque de antagonismos para se chegar a uma situação de avanço, evolução ou, aniquilamento.
No conto O Jantar, de Clarice, esse paradoxo é bem visível. A princípio na figura do "velho" que esta a comer, como já dito anteriormente, oscilando em momentos de edificação e queda. Ruína logicamente marcada por uma dor e melancolia intrínsecas. Demonstrada, por vezes, por reações violentas; em outras, por silêncio sepulcral. Uma tentativa de mudança para outra situação, pós-crise, se assim podemos chamar, na vida da personagem. Com o narrador-personagem há somente o aniquilamento lento e gradual. Influenciado pela observação do "velho", sente-se fascinado e ao mesmo tempo dilacerado, mas não consegue se soerguer como ele. Ao final da observação e do ato não consegue nem ao menos terminar o almoço. Nesse instante o estado de clarividência, denominado também por epifania toma conta da personagem..........


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