PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Soneto a fuga e fraqueza







Foges, insolente criança, e arregaças,
para quem quiser ver, a ferida que atas!
Tu, que foges volúvel, para o senso cegar
de tudo aquilo que mal sabes encarar!

Tentas, pois, te esconder nos acasos,
de quem te amou, e hesitou te difamar,
não (te) maldisse! – mesmo que sei teus pecados!

Lanzas e cospes na minha arte de amar,
como cadáver dissecando – fraca,
com os lábios mortos, decompondo - a faca,
usas pro exílio do que negas enfrentar!

Mate-me, pois! – já que não me afrontas,
e tão cedo, lânguida e ventosa,
em outros braços - não meus - cais fogosa!

Mikael Almeida Corrêa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui