PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Fazenda São Conrado



Eduardo Mesquita Petrov




No final da vertente mora minha infância, que agora é somente uma saudade suspirante. No entanto, positiva como uma boa notícia, me faz bem.

Na entrada uma placa simples marcava o suor, a satisfação e o amor do filho do santo que leva seu nome.

Um corredor de cercas era recheado com uma braquiara que descansava nutrida pelo seu solo que não poderia ter preço. Nesse corredor, aprendi a dirigir, sob o olhar paciente e os ensinamentos sempre prestimosos do filho do santo.

Mangalargas cor de ouro reluziam no bater do sol que, ali, sempre foi bonito e imponente como o amor entre pais e filhos.

Na entrada da sede, flores de cores que o homem não pode copiar cacheavam com o sossego de quem é bem-vindo.

Ali, me lembro bem das noites em que a lua derramava seu veu prateado, da cor de água limpa, e acendia o terreiro com uma luz que jamais me incomodaria. A grama aveludada exalava o cheiro de relva que limpava nossos pulmões e enriquecia nosso coração de alegria.

Fomos muito felizes em seu berço, Fazenda São Conrado querida!

Agradeço a Deus, saudoso avô Oraldo, a infância que o senhor, do alto de sua sabedoria e amor, nos proporcionou.

A nostalgia é embirrada como mulher mau amada, no entanto é acalmada pela alegria te ter convivido com o Senhor, meu avô querido! Isso afaga minha alma e aquieta meu coração!


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