Basilina Divina Pereira
Sem madrugada o galo não canta.
Acordo sem hora
e sei que o sono encontrou seu jeito
de não ser mais necessário.
Algum cão vadio ainda ladra
para espantar os pensamentos ruins
plantados nos vãos da memória.
Tento achar uma data, um sinal,
um ronco de motocicleta por companhia
(a manhã não tarda penso),
mas a luz empedrou em minhas veias.
Se o vento trouxesse o antígeno
para as sombras que teimam em esticar a noite!
Basilina Pereira
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