PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

sábado, 14 de abril de 2012

Labirinto



Lucrecia Rocha




Caminhei no labirinto da vida,
Perdi-me na entrada
Não encontrei saída.
Em ruas andei,
Redemoinhos driblei,
Feridas, palavras vazias,
Encontrei.

Caminhei até a esquina da
incerteza,
Cabisbaixa,
Deparei-me com a Rua da
Tristeza,
Rua esquecida,vazia.

Caminhei até a esquina dos
mistérios,
E na Rua da Realidade,
Nua e explícita,
Confrontei-me com meus
medos, segredos
Desilusões, dragões,
Mágoas, também.



Os pés calçados
Em sapatos apertados,
Caminharam até a esquina da solidão
E, então,
Deparei-me na Rua da
Reflexão.
Impulsionada, renovada
Caminhei até a esquina da vida
Encontrei-me na Rua da
Esperança,
Leveza, beleza,
clareza...

Os pés descalços,
Sem os sapatos apertados,
Mergulhados num mar de
certezas,
Outrora, de incertezas,
E o coração amainado,
Outrora, opressivo,
Desanimado,
Guiaram meus passos
Com a precisão da
bússola.

E assim, caminhei até
A Rua da Sabedoria,
Encontrando resposta,
Alma virtuosa,
Felicidade encontrada,
Comprova.

Os caminhos
serpenteantes,
Os pensamentos soturnos,
E a obscura porta....
Onde estão? Para aonde foram?
Não sei...não me importa
saber..
O vento os levou,
E em uma rua fora de alcance,
enterrou.

Lucrécia Rocha,
pub. Coletanea poetica Focus 
- Salvador Bahia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui