Aníbal Bastos
Por ser cavaleiro andante,
Montado no “Rocinante”,
Persegui moinhos de vento!
Percorri o mundo inteiro,
Tomando-te por veleiro,
Com velas de pensamento!
Dentro do teu ser envolto,
Em fúria de mar revolto,
Novos mundos inventei!
Numa aventura constante,
Fui marinheiro errante,
E no teu mar naufraguei!
Perdidas as caravelas,
Fiquei sem leme nem velas,
Nem tábuas para me agarrar!
Tantas vezes fui ao fundo
Que quando voltei ao mundo,
Reparei: estive a sonhar!
E deste sonho acordado,
Ficou aviso e recado,
Para além do contratempo!
Que por vezes um sonho belo,
Pode tornar-se um pesadelo,
Se não se acordar a tempo!
Certas histórias são assim,
Sem princípio meio e fim,
Mas que às vezes acontece!
Que ver um sorriso catita,
Numa carinha bonita,
Nem sempre é o que parece!
Fado escrito e acabado,
Mas só poderá ser fado,
Se tiver um cantador!
Pode parecer descabido,
Ser vadio, ou corrido,
Mas é um fado de amor!
A. Bastos (Júnior)
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