Aníbal Bastos
Por variadas razões,
A vida tem estações,
Como estações tem o ano!
Solstícios e equinócios,
Não entram nestes negócios,
Da vida do ser humano!
Não existem datas austeras,
Para Verãos, ou Primaveras,
Para Outonos, ou Invernos!
Há estações de pouca dura
E outras com tal lonjura,
Parecendo tempos eternos!
A Primavera da vida,
É de todas a mais florida,
Perfume de amor presente!
É sonho de felicidade;
É a flor da mocidade,
Abrindo ao Sol nascente!
E o Verão traz o calor
Que incendeia o amor,
E mantém acesa a chama,
De fogo, no sangue ardente
Que se mantém permanente,
No peito, quando se ama!
Mesmo no vento de Outono,
O amor tem o seu trono,
Apesar de folhas caídas,
Pelo tempo e pelas andanças,
Ficaram doces lembranças,
Das estações atrás vividas!
E na força do Inverno,
É comovente e terno,
Ver velhinhos de mãos dadas!
Almas gémeas verdadeiras
Que venceram as canseiras
E mantêm-se enamoradas!
Primavera e Verão da vida,
Não tem data prometida,
Para nascer ou morrer!
Nem Outono, ou Inverno,
Se podem chamar de inferno,
Quando há amor para viver!
Amor e felicidade,
Não depende da idade,
Mas de leais sentimentos!
Rosa murcha a competir,
Com uma rosa a florir
Perde amor, ganha tormentos!
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