Aníbal Bastos
Lágrimas de dor caídas,
Banham o rosto chorando!
Nas mãos o lenço a acenar,
Por entre gritos e ais,
Das esposas e dos pais,
Na hora da despedida!
E o barco faz-se ao mar,
Para regressar não sei quando!
Se quando houver regressar!
Mas na nossa despedida,
Não houve barco nem cais,
Nem sequer houve partida,
Apenas a dor vivida!
Do adeus para nunca mais!
E neste partir ficando,
Dissemos adeus sorrindo,
Numa mentira fingindo!
Mas a alma soluçando,
Não aceita a despedida
E pergunta à nossa vida:
- Para sempre, ou até quando?
A. Bastos (Júnior)
Nenhum comentário:
Postar um comentário