Aníbal Bastos
Bocas sem mordaça, amordaçadas,
Pela força do medo e da coação,
Com receio de lobo mau, ou do papão,
Tantas verdades são silenciadas!
Enquanto as bocas ficam caladas,
Gemendo sob o jugo da servidão,
Chafurdando na lama da corrupção,
Se deleitam gentes ditas elevadas!
Dia a dia sente mais embaraço,
Quem apenas de seu tem para vender,
A força do trabalho do seu braço!
Há pouco e, o que há, baixou de preço!
Pergunto a quem me saiba responder:
-Se ao passado, não estamos de regresso?
A. Bastos (Júnior)
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