Aníbal Bastos
Estrela da vida,
Que é perseguida,
Por nuvem sombria!
Perde o seu farol,
Sente oculto o Sol
E a luz do dia!
Estrela da sorte
Se perde o norte,
Ruma às escuras,
Pelas vielas da vida
Errando perdida;
Somando amarguras!
Estrela do destino
Que no menino,
Marca à nascença!
Um ser condenado,
A cumprir um fado,
De dura sentença!
Estrela de amargura,
Onde a desventura,
É dona e senhora!
Da dor se alimenta,
Nunca se contenta,
Nem se vai embora!
Estrela triste; negra,
Não conhece a regra,
Da paz e amor!
E por onde passa,
Semeia desgraça,
Miséria e dor!
Estrela da morte,
É a mais forte,
Entre todas elas!
Quando aparece,
A luz escurece,
Nas outras estrelas!
A. Bastos (Júnior)
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