PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Loucura (Aníbal Bastos)




Aníbal Bastos





Dizer-se que este mundo está louco…
Que anda a jogar à cabra-cega!
Pode parecer muito, mas não chega,
Pois, por mais que se diga, é muito pouco!

Já se viu, algum dia, tanto mouco
Que é mouco, porque a ouvir se nega!
E louco, porque só um louco entrega,
O destino, nas mãos de um taralhouco!

Como se não bastasse a desventura,
Ainda se assiste ao desconsolo,
De haver quem apoie esta loucura!

E neste tenebroso atoleiro,
Vê-se a incompetência ir ao colo,
De quem sonha com o outro poleiro!

A. Bastos (Júnior)

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