Cesar Veneziani
ETERNA ESPERA
Sou eterna espera...
Mendigo que estende a mão
Mecanicamente
ao transeunte indiferente.
Cão que olha triste
o pão na mão da gente.
Planta que espera a chuva,
rosto que espera a ruga,
fé que espera a graça
enquanto o tempo passa...
E o celular não toca,
E o ícone não pipoca na tela.
E nada dela...
("Neblina", pg 62-63, Editora Patuá, 2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário