Maria Cristina
Verde, desenhada, esculpida
Como uma obra de arte.
Suas ondulações mostram vida,
O seu tamanho fragilidade.
Caiu de uma folha, já retalhada,
Uma refeição antes da “hibernação”,
Ficou desorientada a coitada,
Perdeu pelo cimento a direção.
De longe, eu observava o sofrimento
E já caminhava para lá,
Quando de repente um menino
Sem pensar na sua dor, a esmagou.
Pude ver as suas lágrimas esverdeadas
A pintar o cimento cinzento,
E o menino olhando os seus pés
Para ver ser estavam grudentos.
Senti pena... Não da lagarta,
Senti pena do menino,
Pois ele não sabia que o escultor
Era o nosso criador.
Esse menino ainda não aprendeu
Sobre o dom supremo que é o amor,
Amor pelas pequenas coisas,
Pelos seres que Deus criou.
Esse menino jamais verá a borboleta
Que essa lagarta ia se tornar,
Quem sabe até já aprisionou outras,
Que não conseguiu antes esmagar.
Ele também é uma lagarta,
Não quero que seja esmagado pela vida,
Quero que conheça a cristo
E nunca mais faça isso!
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