Lúcinha Santos
Perdão pela falta de jeito.
Mas às vezes perco o jeito com as coisas.
O mundo me parece vazio e eu decididamente não gosto de vazios.
O tempo nos atropela, a vida nos leva sem cerimônia,
o trabalho nos cansa e a gente se pergunta sem questionar:
por quê? E a resposta não chega. O motoboy não chega.
O amor da sua vida não chega. A gente não se basta.
A felicidade não bate na porta, não existe delivery para a sorte.
E passamos a vida tentando, querendo, sonhando,
esperando, num gerúndio sem fim, sem charme
e sem nenhuma certeza no final.
Ah, para tudo! Se é pra viver,
vamos viver direito. Com conteúdo.
Troque o verbo, mude a frase, inverta a culpa.
O sujeito da oração é você.
A história é sua, mãos à obra!
Melhore aquele capítulo,
jogue fora o que não cabe mais,
embole a tristeza, o medo, aceite seus erros,
reescreva-se. Republique-se. Reinvente-se.
E transforme-se na melhor edição feita de você.
(Fe Mello)
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