Como se morre de velhice...
ou de acidente ou de doença...
morro, Senhor, de indiferença...
Da indiferença deste mundo...
onde o que se sente e se pensa...
não tem eco, na ausência imensa...
Na ausência, areia movediça...
onde se escreve igual sentença...
para o que é vencido e o que vença...
Salva-me, Senhor, do horizonte...
sem estimulo ou recompensa...
onde o amor equivale à ofensa...
De boca amarga e de alma triste...
sinto a minha própria presença...
num céu de loucura suspensa...
JÁ não se morre de velhice...
nem de acidente nem de doença...
mas, Senhor, só de indiferença...
Nenhum comentário:
Postar um comentário