PROSAS EM VERSOS
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Pêndulo (Aníbal Bastos)
Aníbal Bastos
A. Bastos (Júnior)

Meu amor das palavras que dissemos,
Dos sorrisos trocados pelo olhar,
Só nos resta a mágoa de recordar,
Os dias felizes que não tivemos!
A coisas tão inúteis nos prendemos,
Esquecendo que há Sol e há Luar
Que durante o dormir há o sonhar
E sem sonhos na vida, não vivemos!
Nunca demos ouvidos aos protestos,
Dos desejos do corpo a suspirar,
Ver trocar as palavras pelos gestos!
Vamos amor, pelo menos esta vez,
Deixar de ser pêndulos a oscilar,
Por entre a cegueira e a surdez!
Soneto do amigo
Ereni Wink
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes
Amor ou sexo (André Alves)
André Alves
Realidades distintas
A aproximação é física
A atração nos move até aquela pessoa
O gostar leva tempo
Vem em pitadas, com as frequências
Reduzimo-nos para cabermos onde ainda há espaço
Agradável aconchego
Entramos no quarto
Cheguei quase lá
No peito
Silêncio questiona
Insistência sem orgulho próprio
Fração de segundo se desentende
O amor almeja mais que o travesseiro
Não se esquece do beijo no final
Vê o sexo ir tomar banho sozinho
Fazer sexo é prática
Desarruma corpo
Relaxa
Nisso já somos professores
Caminhar a dois almeja mais
Sofro com a minha sinceridade
Amor
Tempo...
Vago
Os meses podem acreditar em mim ou no seu sexo
Prazeres diferentes
O meu, alma
O seu, imediato
E eu, ser amoroso e carnal
Preciso de você por inteiro.
André Alves
Realidades distintas
A aproximação é física
A atração nos move até aquela pessoa
O gostar leva tempo
Vem em pitadas, com as frequências
Reduzimo-nos para cabermos onde ainda há espaço
Agradável aconchego
Entramos no quarto
Cheguei quase lá
No peito
Silêncio questiona
Insistência sem orgulho próprio
Fração de segundo se desentende
O amor almeja mais que o travesseiro
Não se esquece do beijo no final
Vê o sexo ir tomar banho sozinho
Fazer sexo é prática
Desarruma corpo
Relaxa
Nisso já somos professores
Caminhar a dois almeja mais
Sofro com a minha sinceridade
Amor
Tempo...
Vago
Os meses podem acreditar em mim ou no seu sexo
Prazeres diferentes
O meu, alma
O seu, imediato
E eu, ser amoroso e carnal
Preciso de você por inteiro.
André Alves
Aqui te exponho (Jorge Morais)
aqui te exponho
feita quadro de sala
por onde passo o olhar
incessantemente
sem a vista cansar
vejo-te nua
deitada sobre o sonho
perdido no tempo
guardo-te relíquia
preciosa
cujo poster colado
pela fita que outrora
tentavas a minha boca tapar
frasco de perfume
com o qual te borrifo
para que o teu cheiro
permaneça neste quadro
debruçada está na outrora
escrivaninha na qual
rabiscava meus poemas
e agora de sepulcro
se transformou
jorge morais
Assinar:
Postagens (Atom)