Aníbal Bastos
Noite eterna caixa de segredos,
Onde vagueiam fantasmas aflitos
Para tentar silenciar os gritos,
Das almas condenadas aos degredos!
Noite onde à sombra dos teus medos,
Se abrigam os corruptos; os malditos,
Escondendo no escuro os seus delitos,
Para que à luz do dia fiquem quedos!
Noite tenebrosa onde os vampiros,
Se saciam de sangue da pobre gente,
Que habita na noite dos suspiros!
Noite envolvida em negro manto,
Debaixo do qual escondes a semente
Que gera neste mundo dor e pranto!
A. Bastos (Júnior)