Paulo Alvarenga
Quando não mais, conseguir dizer te amo,
Neste dia certamente eu morri,
Pois este verbo, por acaso, causa dano,
São pedacinhos de esperança que senti.
Inexorável paixão do ser humano,
Que não deseja, mas aos poucos ele sente,
Esse poder que às vezes ganha de presente,
Um vento forte, um eterno minuano,
Estaria eu, condenado até a morte ?
Amar sem rédeas, furtiva criatura,
Fugindo à mão, me deixando a própria sorte,
Com tais feridas que até hoje não tem cura?
Sou mesmo um bobo de verdade agora sei,
Mas não tem jeito sou assim quero sofrer,
De um mal tão grande, aos pouco, me perder,
Em branca imagem da mulher, que tanto amei...