Angela Mendes
Tu eras a música que me corria nas veias
Poesia lírica dançante nos olhos dos meus dedos
Criação divina que ocultava os meus medos
Teias enleantes da minha solidão
Sátiras de fogo, iras sem menção
Jogada fora para um canto cinzento
Sem janelas acústicas falando ao vento
Projetaste-me em crateras de Lua
Planeta cinzento onde o eco se esvazia
Tantas foram as minhas lágrimas
Elas se fizeram rios
Inundaram as crateras
Onde nasceram lírios
Hoje na lua crescem flores
A Paz invade o meu lugar
No silêncio onde me prostraste
No vazio da minha insanidade
Nasceu o Mar da Tranquilidade
(Haeremai)