PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Ingenuidade




Aníbal Bastos





Meu amor se eu pudesse,
Fazer quanto eu quisesse,
Por ti tudo eu faria;
Desde jardim de flores,
Palácios encantadores,
Transformar a noite em dia,

Faria do teu o coração,
- Fonte da minha ilusão -
O meu leito de dormir!
Faria do teu regaço,
Refúgio para o meu cansaço,
Só para ver-te sorrir!

Como em tempos passados,
Com os dedos entrelaçados,
Das nossas mãos de ternura;
Do nosso olhar sem malícia,
Sentíamos a carícia,
Duma brisa de ventura!

E deste amor de crianças,
As inocentes lembranças,
Jamais poderei esquecer!
Mas um dia sem razão,
Por praga ou maldição,
Fiz tudo para te perder!

Na nossa ingenuidade,
Não notamos na maldade
Que havia em nosso redor!
Desde a calúnia à mentira,
Muita gente se servira,
Para acabar o nosso amor!

Destino, ou vidas passadas,
Deixaram lições gravadas,
No viver que nós tivemos!
Talvez em vidas futuras,
Nós tenhamos as venturas,
Que nesta vida perdemos!

A. Bastos (Júnior)

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