Claudio Caldas Faria
O que me apraz
É a sutileza da saudade.
Que chega bem sorrateira
Parecendo uma brincadeira
E nos mostra toda a verdade.
Primeiro vem uma onda leve
Depois o coração “pinica”
Lembramos do cheiro e do tom da voz
Deixamos o "EU" para pensar no "NÓS”
O "TU" é o que mais nos explica.
Saudade...
É sempre o mesmo em todos os idiomas da terra
Envolve-nos e nos arrebata da forma mais terna
Como braços de mãe a nos embalar
Saudade...
Chega assim tão de mansinho
Primeiro é só um tenro carinho
Depois explode, para não mais passar.
A saudade
É a representatividade
Do mais sublime sentimento
Faz de mil um só pensamento
Demonstrando sua eterna realeza
Faz-nos confundir até com sofrimentos
O amor,
Com todas as suas sutilezas.
Saudade,
É como musa de um fado
Aquece como uma manhã de abril
Deixa-nos em horas consternados
Torna cada um feroz e nos faz gentil
Às vezes a consideramos ingrata
Por trazer consigo alguns desejos mórbidos
Mas saudade sentir não é um defeito
E quando ela não cabe mais dentro do peito
Transborda
Em forma de gotas por nossos olhos.
Do Livro " ECOS & REFLEXOS" - Claudio Caldas Faria
Para comprar - Contato - claudiocaldasfaria@gmail.com
Falar de saudade é tão gostoso! Ela nos acompanha sempre...quem não sente saudade de alguém, de alguma coisa, de um fato, de uma música, de um olhar???Ela é doce e triste...mas quem sente saudade é porque já foi feliz...lindo! Definiu muito bem, Claudio.
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