Patricia Neme
Vaidade?
Vaidade?
É percorrer o tempo
sem enxergar seu toque,
sem aceitar seus passos
no rosto, no corpo, na alma.
Vaidade?
É renegar quem se é,
e através de artifícios,
tantas vezes com mil sacrifícios,
permitir-se uma aparência
desnuda da ancestral essência...
Vaidade?
É a língua que fala mansa,
com doçura de criança...
Encobrindo o fel, o veneno,
da furiosa serpente
que se esconde no fundo da mente.
Vaidade?
É insanidade!
É o agir da prepotência
sobre quem não tem reverência
pelo o que a vida lhe deu.
E respira, acreditando
que ainda vive...
Porém, já morreu!
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