Lucrecia Rocha
Distúrbio desolador,
Instala-se sem pedir licença,
Aproveitando da fragilidade do ser,
Aprisionando-o,
Sufocando-o,
E assim,
Ele chegou a mim
Inexplicavelmente.
Me maltratou,
Quase me matou.
Não escolhe raça,
Sexo, idade
Classe social,
Cultural.
Chega, te violenta,
Te atormenta.
Perdi a coragem,
Deixei de voar,
De lutar,
De sonhar.
Paralisou-me temporariamente,
Enfraquecendo-me,
Fazendo-me crer
Na inutilidade do ser
De viver,
Ai, como chorei!
Síndrome perversa
Que atravessa,
Sobrepõe a lucidez,
Bloqueando o raciocínio,
A respiração, a razão
Pulsação a mil, desconforto,
Suor, tremor, taquicardia.
Me fez sentir
Confusão,
Alucinação,
Depressão.
Descompassada fiquei
Com seu fel,
Bílis nociva
Que persegue,
Criando uma fobia social,
Emocional,
Racional.
Medo de falar,
De argumentar,
Medo de sentir medo,
Medo de perder o controle,
Medo de morrer.
Sensação de morte iminente,
Que pressente,
A cada crise presente.
Mas eu combati,
Te venci,
Sobrevivi,
Amadureci.
Autora:Lucrecia Rocha.Pub. livro Vidas Paralelas -
Cepa:Salvador -2001
Obrigada, Claudio. Gostei de ver a poesia PÂNICO publicada no lindo Blog Prosas em Versos.Isso aí foi um retrato de mim diante de uma dor chamada Síndrome do Pânico.Abraço amigo, Lucrecia Rocha -salvador- Ba
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