PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Meu Amor...



Jose Carlos Ribeiro



Sempre que a noite chega, a solidão vem-me falar de ti.
E a saudade penetra no meu coração como um pouco de luar dentro da minha noite imensa. Vai deixando aos poucos o teu toque magnífico de beleza e suavidade. Vai deitando prata nos recantos mais sombrios. Vai enfeitando de luz as flores mais singelas. Assim é a saudade. Consegue transformar em beleza a tristeza infinita do presente... porque traz para mim o encanto das horas mortas do passado.
Traz o gosto perdido de beijos de amor... Traz o calor dos braços inesquecíveis... Traz o eco das tuas palavras...
Cerro os olhos e começo a recordar... Começo a pensar em ti que foste o meu todo... e agora és a minha saudade. Começo a pensar em ti que abandonaste-me em tristeza e dor... Esqueces-te que o meu amor era sincero... Que não te lembras que tudo em mim era um pouco de ti. Que não pensas-te que a minha vida sem a tua, era uma caminhada de tédio e de angústia...
Agora estou só... E a saudade. Ela é a própria tristeza. Ah, e eu não sabia que a saudade doesse tanto, meu amor. Fico olhando para as estrelas e implorando que leve até ti esta minha saudade, para que venhas correndo para os meus braços.
A saudade...
Ela é a própria amargura... Ela é tudo que eu tive e não tenho mais. É o meu único alento. Todo o meu sol, todo o meu luar... toda a minha vida, meu amor... Mas bendita seja a saudade, graças a ela eu quase sinto a tua presença.

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