PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O BARULHO DO TREM

Lucrecia Rocha

Ouvindo o barulho do trem
Viajo pelas belas
Passagens da vida.
Atravesso túneis
Montanhas,
Cantões, vulcões.

Ao som do barulho do trem
Atravesso barreiras,
Fronteiras,
Desvendo mapas inimagináveis...
De tanta beleza.
Observo
E transporto-me para os rostos
De jovens apaixonados,
Idosos companheiros,
A menina de tranças
Que corre alegremente
Entre vagões,
descobrindo
O Prazer da liberdade.

Os dias dourados
As noites prateadas
Vislumbram
bosques,
Vales, rios, corredeiras...
Externando emoções
Sonhando sonhos
Adormeço..

Entre o balanço do trem
Deslizando sobre os trilhos
Remexo lembranças
Arrumo idéias
Acomodo o corpo
Pensamentos voam
E lá vou eu...
Livre, pluma
Jogando pela janela
As angústias do passado,
Livrando-me de tristezas.

A cada estação despacho cargas,
Desprendo-me de normas, regras...
Despacho mágoas, dores, pudores.

Sem os excessos
E com vestes novas
Capto novas paisagens
Carrego novas bagagens
De esperança e coragem
Levando-me ao caminho da felicidade,
Da liberdade.
Amo o barulho do
trem....





Autora:Lucrecia Rocha
Pub. Coletanea Poetica FOCUS Salvador-Ba





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui