PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

NA RUA FEIA



Claudio Caldas Faria




Na rua feia, 
de casas pobres, 
morreu o filhinho daquela mulher 
que lava o linho rico 
de um bairro distante. 
Morreu bem simplesmente, 
assim como um passarinho. 
O enterro saiu...lá vai... 
um caixãozinho azul 
num carro velho de 3a. classe. 
Atrás dois autos. Dois. 
A tarde irá pôr luto 
na rua feia, 
de casas pobres? 
Garotos brincam de esconder 
atrás do muro de cartazes. 
Lá no alto 
vai-se abrindo grande céu sem mancha 
cruzeiro-do-sulmente iluminado

Autor: (Abgar Renault)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte daqui