PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ao Por do Sol




Claudio Caldas Faria





Alma, outrora de tanta leveza,
Torna-se pesada e dura
Enche-se de tanta amargura
Guardando as nossas culpas
Que até nos causa estranheza.

Nossos atos lhe enche de feiura
O antes alvo de tanta brancura
Torna-se negro com o pecado
E ao fim de cada ato
Da vida de cada um de nós
Até para orar perdemos a voz.

Iremos então arrastar os pesos
De correntes onde estamos presos
Com os músculos todos tesos
De tensão, dor e sofrimento,
Isso se deve ao nascimento
Do que temos que discernir
Dos amores a decidir
Que causamos sofrimento.

Aí talvez a razão
De tanto peso no coração
Verdadeiro lar da alma
Que antes nos trazia a calma
Hoje carregamos a semialma
Agora ela quer expandir o peito
E causar uma só explosão
Que nos sobe pela garganta
Apertando o ar de dor tanta
Sendo esta a hora máxima
De vomitar nossas entranhas
Explodindo em uma lágrima
E todo dia ao sol se por
Choramos lágrimas de dor.

..... Do Livro de: Claudio Caldas Faria ....
                     CONTATO:  claudiocaldasfaria@gmail.com

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