Lucrecia Rocha
O vinho ainda está à espera
Transpirando o suor frio do abandono,
O presente de Natal que não te dei
A caixa guardada permanece
Um pouco amarelada, talvez
De um tempo paciente ainda em espera.
O beijo que não te dei
O abraço que não solicitei
As palavras que não citei
Isso tudo e ainda mais quis te dar.
O tempo passado
Não recuperado,
Amor desperdiçado!
Na Prudência
Em busca de uma saída de emergência
Esqueço das feridas que às vezes teimam em sangrar!
O vento forte levou a folhagem que camuflava
A uva verde, imaturada
Do vinho que tornou-se ácido.
Como a natureza, vou me renovando.
Encho-me de esperança, a minha parceira diária
No imo e no meu olhar
Apenas vejo,
Que de ti só queria talvez,
Ouvir: te amo.
Autora:Lucrecia Rocha. Pub. Coleção no Bolso; Jornal Direitos e Blog Saber-litarario
Lucrecia Rocha
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