PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

ABC da Sobrevivência


Claudio Caldas Faria




Olhaí seu “douto”!
Nasci no morro, num barraco
De madeira e sem telhado
Dei pernada em capoeira
Joguei pelada no aterro
Fui “trombadinha” na Rio Branco
E banco de praça eu conheço
Já passeei de camburão
Por vadiagem já “puxei cana”
Já usei meu “três oitão”
Pra poder matar a fome
E do lugar donde eu vim
Sou respeitado como “HOME”
Já sofri como cachorro
Só porque nasci no morro
Mas de briga eu não corro
E o “DOUTÔ”
Vem me contar história
Anda logo, passa a grana aqui
Pro malandro
Que a paciência já está terminando
Agora se manda, “pianinho”
De fininho,
Sem pensar na polícia
Senão a máquina cospe fogo
E amanhã
Tem mais um presunto
Estampado como notícia.


‘Do Livro “ECOS & REFLEXOS” – Claudio Caldas Faria

              claudiocaldasfaria@gmail.com


Um comentário:

  1. ...Admiro, até nos mais intrigantes fatores..Vc consegue prender a gente na emoção de seus versos...Quero 01 volume desse livro: Ecos & Reflexos, não esqueçe !

    PS* Não consigo postar de outra forma a não ser Anônimo ((Salete))

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