Foram meus olhos, duas asas tontas que ao teu redor, como ao redor da luz queimaram suas ânsias e ficaram mortos no chão, como cigarras mortas... No bailado em que estavas, sobre o palco, meu desejo - esse fauno de alma triste, tomaria teu corpo e bailaria até que o mundo se fundisse ao sonho... Olhos de luar e vinho que me seguem na ária da solidão em que me envolvo sem volta, sem partida, sem transcurso... Foram meus olhos que te descobriram e ficaram vogando esse abandono de cisne branco sobre o lago imenso...
(JG de Araujo Jorge)
Nenhum comentário:
Postar um comentário