João Adalberto Behr
Vou vivendo dormindo ao frio, e à chuva
Na companhia de outros irmãos mendigos
Na cidade, na estrada ou numa curva
Somos vidas de passados incompreendidos
O céu de dia, ou de noite, é nosso telheiro
Andamos rotos, descalços, e em desalinho
Temos a doença e fome, como companheiro
Esperando p'la morte que chega de mansinho
Andamos por aí, sem enganos
Procurando a beata deitada fora
Contemplamos a natureza que amamos
Vivendo connosco a toda a hora
Cruzamos gentes, que não nos olha
E p'ra elas, nem sequer falamos
Somos um livro que não se desfolha
Guardado em baús há muitos anos
Não passamos de uns pobres mendigos
Em busca de amor, por aqui, e ali
Temos a dor que dói, entre amigos
E só distribuímos o bem, vagueando por aí
Os degraus das Igrejas são o nosso trono
Oferece-nos as noites gélidas como retiro
Deitados em velhos cartões, fazemos o sono
Até que Deus um dia, pare nosso suspiro
fernando ramos
Vou vivendo dormindo ao frio, e à chuva
Na companhia de outros irmãos mendigos
Na cidade, na estrada ou numa curva
Somos vidas de passados incompreendidos
O céu de dia, ou de noite, é nosso telheiro
Andamos rotos, descalços, e em desalinho
Temos a doença e fome, como companheiro
Esperando p'la morte que chega de mansinho
Andamos por aí, sem enganos
Procurando a beata deitada fora
Contemplamos a natureza que amamos
Vivendo connosco a toda a hora
Cruzamos gentes, que não nos olha
E p'ra elas, nem sequer falamos
Somos um livro que não se desfolha
Guardado em baús há muitos anos
Não passamos de uns pobres mendigos
Em busca de amor, por aqui, e ali
Temos a dor que dói, entre amigos
E só distribuímos o bem, vagueando por aí
Os degraus das Igrejas são o nosso trono
Oferece-nos as noites gélidas como retiro
Deitados em velhos cartões, fazemos o sono
Até que Deus um dia, pare nosso suspiro
fernando ramos
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