Aníbal Bastos
Dizer-se que este mundo está louco…
Que anda a jogar à cabra-cega!
Pode parecer muito, mas não chega,
Pois, por mais que se diga, é muito pouco!
Já se viu, algum dia, tanto mouco
Que é mouco, porque a ouvir se nega!
E louco, porque só um louco entrega,
O destino, nas mãos de um taralhouco!
Como se não bastasse a desventura,
Ainda se assiste ao desconsolo,
De haver quem apoie esta loucura!
E neste tenebroso atoleiro,
Vê-se a incompetência ir ao colo,
De quem sonha com o outro poleiro!
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