Angela Mendes
Queria ser sábio
e conhecer todas as informações
do mundo
e do universo.
Mas sou humano.
Queria não ser palhaço
no picadeiro
deste circo,
nem pisar
na corda bamba.
Mas sou humano.
Queria dar a todos
a merecida justiça,
o merecido pão
para matar a fome.
Mas sou humano.
Queria ser o primeiro,
só para não ter a vergonha
de ser último.
Mas sou humano.
Queria ser forte
como as pedras
e como as espumas
do mar incessante.
Mas sou humano.
Queria ser feliz
e não precisar chorar
diante da tarde azul
e da primeira estrela.
Mas sou humano.
Queria ser eterno
na fugacidade
do breve instante.
Mas sou humano.
Queria ser o mágico
e tirar de minha cartola
os pássaros
e os segredos
de Deus.
Mas sou humano.
Mas ninguém poderá negar
que numa tarde
desenhei com aplicada mão
os símbolos.
E que vi,
na noite que entra,
a árvore da alegria
desenhada
nas incomensuráveis
estrelas.
Antonio Ventura
a merecida justiça,
o merecido pão
para matar a fome.
Mas sou humano.
Queria ser o primeiro,
só para não ter a vergonha
de ser último.
Mas sou humano.
Queria ser forte
como as pedras
e como as espumas
do mar incessante.
Mas sou humano.
Queria ser feliz
e não precisar chorar
diante da tarde azul
e da primeira estrela.
Mas sou humano.
Queria ser eterno
na fugacidade
do breve instante.
Mas sou humano.
Queria ser o mágico
e tirar de minha cartola
os pássaros
e os segredos
de Deus.
Mas sou humano.
Mas ninguém poderá negar
que numa tarde
desenhei com aplicada mão
os símbolos.
E que vi,
na noite que entra,
a árvore da alegria
desenhada
nas incomensuráveis
estrelas.
Antonio Ventura
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