PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

História





Aníbal Bastos





No labirinto da vida,
Sem encontrar a saída,
Vive um povo milenar!
Outrora forte aguerrido,
Hoje parece estendido,
Sob a pedra tumular!

De Viriato, guerreiros!
Os nossos avós primeiros,
Chamados de Lusitanos,
Criaram uma nação
Que só por força da traição,
Caiu na mão dos Romanos!

De Henrique, marinheiros,
Audazes aventureiros,
Em epopeias cantados!
Içaram ao vento as velas,
Velejaram em caravelas,
Por mar nunca navegados!

Mais de século e meio,
Em manobras de veleio,
Venceram o mar profundo!
Quantas vidas se perderam,
Mas com valentia deram,
Os novos mundos ao mundo!

Mais tarde, a Sebastião,
Certos conselhos lhe dão
E na sua inocência,
Corre atrás de uma aventura
Morrendo nessa loucura
Perderam a independência!

Durante sessenta anos,
No jugo dos castelhanos,
Este país se arrasta!
Até que um dia, a valente
Raça, desta nobre gente,
Ergue a voz e disse: - Basta!

Presa a duquesa de Mântua,
A sanguessuga tarântula
Que de rainha fazia!
Morto o Miguel Vasconcelos,
Recuperaram os castelos
E Portugal renascia!

Mas os Miguéis e Andeiros
Ao serviço de estrangeiros
Apareceram de novo!
Mais muitas outras duquesas,
Estrangeiras e portuguesas,
Querendo o sangue do povo!

Para quem tiver memória,
Nos anais da nossa história,
Encontra rasgos de bravura!
Que devem servir de recado,
A quem está interessado,
No regresso à ditadura!
A. Bastos (Júnior)

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