Aníbal Bastos
A. Bastos (Júnior)
Não sei se te amo, ou se te odeio,
Nem se és a ventura, ou a desgraça,
Sei apenas que cada dia que passa,
Quanto mais de ti fujo, mais te anseio!
O teu olhar é um livro que folheio,
À procura dum sabor que satisfaça,
Mais que amargo vinho em doce taça,
Como amor com ódio em permeio!
Por vezes forças opostas atraídas,
Outras vezes semelhantes repelidas,
Misturadas do gosto com o não gosto!
É neste não te quero, quando quero,
Que naufrago nas ondas do desespero,
Entre frio gelado e fogo posto!
A. Bastos (Júnior)
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