Aníbal Bastos
In, PALAVRAS QUE NÃO DISSEMOS. “Versos Imperfeitos”
Dentro das palavras que não dissemos,
Há verdades que ficaram esquecidas,
Sentimentos que foram reprimidos,
Gritando em silêncio os gemidos;
Das mágoas profundas, dores sentidas,
A suspirar pela voz que não lhe demos!
Quantas delas fingimos que esquecemos,
Mas que dia a dia surgem na nossa mente,
Como presos em celas encarcerados;
Suplicando para serem libertados,
Mas a força vinda do inconsciente,
Domina a força que pede que as soltemos!
Muitas são poemas que não escrevemos
E, contudo não nos saem da lembrança
Que sem dar conta às vezes recitamos,
Chegando a julgar que nos encontramos,
Embalados nos braços da esperança,
Das palavras, não ditas, que não esquecemos!
No silêncio das palavras que perdemos,
Há fantasmas a povoarem a memória,
De histórias que ficaram por contar,
E sonhos que não conseguimos sonhar!
Quantas páginas seriam escritas de glória!
Dentro das palavras que não dissemos!
In, PALAVRAS QUE NÃO DISSEMOS. “Versos Imperfeitos”
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