Aníbal Bastos
A. Bastos (Júnior)
Se a esperança é a última a morrer,
Não morras ainda! Sem ti não há vida!
E tu - oh minha! - Que andas perdida!
Vem ao meu encontro, preciso te ver!
Velho e cansado, mais pareço ser,
Árvore no Outono amarelecida!
Folha de esperança no chão caída
Que não vê Primavera para renascer!
Mas não posso ficar de braços caídos,
Apesar de velho, por assim dizer,
Tenho acordado os cinco sentidos!
E mais o sexto - que é meu por herança,
Força anímica que me faz escrever,
Versos que façam viver a esperança!
A. Bastos (Júnior)
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