PROSAS EM VERSOS

SER POETA, É SENTIR AFLORAR DA PELE SENSIBILIDADE, É OUVIR O GRITO DOS QUE NADA DISSERAM, É VER POR UMA GAMA DE CORES INVISÍVEIS À MACROSCÓPICA VISÃO DOS INSENSÍVEIS, É PENETRAR IMPIEDOSAMENTE À ALMA HUMANA.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Soneto LXXXIX




Ligia Shlochmann





Diga que me abandonastes por algum erro,
E eu comentarei sobre esta ofensa;
Fale de meu ponto fraco, e eu imediatamente me detenho;
Contra tuas razões não me defendo absolutamente.
Não podes, amor, me desgraçar nem a metade,
De falares em uma mudança desejada,
Quanto eu logo me desgraço; sabendo tua vontade,
Eu estrangulo a familiaridade, e estranho ficarei;
Me ausentarei de tuas caminhadas; e em minha língua
Teu doce amado nome não mais morará;
A menos que eu (profano demais) - possa danificar,
E por acaso comentar nosso caso cancelado.
Por-ti, contra mim prometo debater;
Pois não devo mais amar aquele quem odeias.

(William Shakespeare)

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