Basilina Divina Pereira
VAZIO
Não é fácil falar de coisas mortas
que ainda vivem dentro de nós:
como querer o amor que não se teve.
- O vazio da máscara está sempre pronto a absolver,
mas não te vejo mais!
- O que faço do perdão que vaga solto,
que chegou tarde?
devolvo-o ao escuro da selva
ou cubro-me com o seu manto?
- Desenha um sorriso, mãe!
para que eu possa me lembrar na hora dura,
quando o galo cantar sem alegria
e os morcegos cruzarem o deserto do meu sono.
Basilina Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário