Aníbal Bastos
As diferenças materiais,
Entre grandes e pequenos,
Estão-se tornando abismais!
Por esses motivos tais,
Aqueles que têm de menos,
Estão sendo cada vez mais,
E os que têm de mais,
Estão sendo cada vez menos!
E assim este mundo louco
E também surdo e cego,
Se não virar o bico ao prego
E abandonar o consumismo,
Vai cair não tarda pouco,
Nas falésias do abismo!
É sabido e notório
Que quem está no purgatório,
Aguarda a ida para os céus,
Para ficar junto de Deus,
No paraíso eterno!
Mas o pobre desgraçado,
Apesar de já purgado,
Não consegue ao céu subir
E mais parece ir cair,
Nas profundas do inferno!
Mas quando isso acontecer,
Pelas mãos da natureza,
Ou pelos homens empurrada!
E de um ou de outros modos,
Mesmo tendo dinheiro a rodos,
Podemos ter a certeza
Que ninguém fica para ver,
Nem para contar a história,
Ou escrever a memória,
Do homem que voltará a ser,
Apenas cinza pó e nada!
A. Bastos (Júnior)
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