Claudio Caldas Faria
Homenagem a Millor Fernandes
Não tenho necessidades das necessidades
Que a maioria das pessoas possui
Não sinto falta de festas, bebidas, dessas “realidades”
Que parecem fazer falta e complementar
A maioria das pessoas com quem costumo cruzar
Não tenho
de papo-abobrinha
necessidade
Mesmo que digam ser isso pra relaxar
Para mim não passa de pura mediocridade
Não tenho o mínimo de carência
Mas em compensação
Tenho o máximo de paciência
Minha ausência das mesmices
Sempre presente estão
Não tenho presença dessa ilusão
Não me complementam o repetitivo
Que até me causam dor
Como muito bem o disse Millor:
“Quem mata o tempo não é assassino
É antes de mais nada um ato ativo
Suicida em potencial” – nenhum tino –
“Jamais diga um mentira, seja ela qual for
E que não possas provar”
“ Nem devemos resistir às tentações:
Elas podem muito bem não voltar.”
E isso pode ser inserido na religião ou ciência
“Pois de todas as taras sexuais
A pior delas é esta tal de abstinência”
Ando meio cabisbaixo e preocupado com as ausências
Isso nem querendo tocar nas “indecências”
Tipo: “Se for gostoso faça logo – é natural
Pois amanhã tudo pode ser ilegal”
Não sei, não sei, mas acho que basta de pieguice
“Pois errar é ato da essência humana
Mas ser apanhado e pura e grande burrice”
Toda essa ausência pode parecer insanidade
Mas é uma só a minha realidade:
“A única diferença entre a minha loucura inteira
E a saúde mental é que é mais comum a primeira”
Outro problema é que o “princípio” sumiu
“Acho que o mal do mundo é que Deus envelheceu
E o Diabo foi quem mais enormemente evoluiu.”
O maior dos descasos é que a ausência nos taxa
Acha que não vivemos sem ela, esquece-se...
Viver não é facil: “Viver é desenhar sem borracha.”
Claudio Caldas Faria
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