Aníbal Bastos
Mar! Ora manso, ora violento,
Composto, por marés vazas e cheias,
No teu seio habitam as sereias
E contudo da Terra és ciumento!
O teu rugido é a voz de lamento,
De quem se vê cercado por areias
Que te servem de grades e de peias!
Onde desmaias em cada momento!
Das ondas do mar, eu sou o balanço
Que não encontra paz nem o descanso,
Numa ânsia louca de te abraçar!
A ti que, da Terra és a beleza
Das flores e, o Sol da natureza
Que vejo, mas não consigo alcançar!
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