Aníbal Bastos
De onde me vem esta dor,
Que eu sinto de verdade
Que me mata de ansiedade!
Será desgosto de amor,
Ou será apenas saudade
Que o meu peito fez casa?
Onde mora noite e dia,
Ora roubando a alegria,
Ou queimando como brasa!
É um soluço! É um lamento,
É uma dor! É um tormento,
Vivido constantemente,
Por quem partiu de repente,
Deixando dentro da gente,
Gravada uma imagem
Que não há força nem coragem,
Para a conseguir apagar,
Porque é a viva lembrança,
Uma réstia de esperança,
De que se quer ver voltar!
De quem se quer recordar!
Mas mesmo que nunca volte,
Por mais lágrimas que se solte,
A lembrança permanece,
Porque é viva de verdade
Que a saudade não esquece,
Pois só assim é saudade…
A. Bastos (Júnior)
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